A Polícia Militar recuperou na noite de terça-feira (08), uma carreta roubada que circulava em atitude suspeita pelo bairro Parque Industrial 2, em Ipaussu. Um homem de 41 anos, identificado como D.F., foi preso em flagrante pelo crime de receptação qualificada. A prisão ocorreu após uma denúncia anônima informar que uma carreta sem placas transitava pela região em horário incomum. Durante patrulhamento, por volta das 22h, os policiais localizaram o veículo entrando em uma empresa da área. Na abordagem, constataram a ausência de placas no semi-reboque, o que levantou suspeitas imediatas.
Questionado pelos policiais, D. afirmou que estava a serviço de seu patrão e que havia sido orientado a engatar o cavalo mecânico Volvo branco, placas FVB9B87, ao semi-reboque da marca Facchini, sem placas, e levá-lo até a cidade de Jaú. No entanto, ao consultarem o número do chassi do reboque junto ao COPOM, os agentes foram informados de que havia um boletim de ocorrência de roubo registrado em 10 de junho deste ano, na cidade de Itanhaém, sob número IL7755/2025, pela Delegacia de Polícia de São Vicente.
Apesar de o cavalo mecânico não apresentar queixa de roubo, os policiais encontraram próximo ao semi-reboque uma placa avulsa (FYW6J61), que não correspondia ao chassi do reboque e que possivelmente seria usada para burlar a fiscalização durante o trajeto. A autoridade policial de plantão ratificou a prisão em flagrante, destacando que a versão apresentada por D. — de que não sabia que o reboque era produto de crime — não se sustenta diante das evidências.
O caso foi enquadrado no artigo 180, §1º do Código Penal, por receptação qualificada, pois o transporte era realizado no exercício da atividade comercial. Ambos os veículos foram apreendidos — o cavalo mecânico por ter sido utilizado como instrumento do crime e o semi-reboque por ser objeto de roubo. Além dos veículos, também foram apreendidos uma placa irregular e o celular do investigado. D. foi recolhido a uma das celas da Central de Polícia Judiciária, onde aguardará audiência de custódia. Por se tratar de crime inafiançável na esfera policial, não foi arbitrada fiança. As investigações seguem para apurar a eventual participação de terceiros, incluindo o suposto patrão de D.
Com informações do Passando a Régua
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