Andarilhos ganham média de R$ 180 por dias nos semáforos de Santa Cruz
Moradores de rua de Santa Cruz do Rio Pardo ganham em média R$ 180 por dia nos semáforos da cidade, fruto das esmolas dadas pelo motoristas. O principal ponto é a esquina das avenidas Coronel Clementino Gonçalves com a Joaquim de Souza Campos, em frente ao Ginásio de Esportes. Com o dinheiro, eles usam drogas, bebem e fazem um rateio para um churrasco no fim do dia. A informação é da diretora de saúde mental do município Karla Pinheiro Pedro, que junto com a Secretária de Assistência Social promove a campanha de esmola zero. Em entrevista à rádio 104FM na tarde de segunda-feira (07), Karla (veja abaixo) apresentou um balanço do trabalho de acolhimento à população de rua de Santa Cruz e enfatizou: dar esmolas não é caridade. “Parem de dar esmolas. Não está ajudando, mas incentivando essas pessoas a comprarem drogas e bebidas”, declara.
Segundo levantamento da Secretaria da Saúde, 70% dos motoristas que param no semáforo em frente ao ginásio doam esmolas, o que incentiva a permanência dos moradores de rua. Mesmo assim, apesar da benevolência dos motoristas, o número de moradores de rua em Santa Cruz caiu consideravelmente desde o início do ano. Segundo Karla, entre janeiro e março, 33 andarilhos foram acolhidos pelo CAPs, sendo que apenas 9 voltaram às ruas e quatro deles retornaram às cidades de origem. Todos os que estão nessa situação atualmente possuem família em Santa Cruz e são atendidos no CAPs. Veja a entrevista completa de Karla Pedro no Facebook do Diário Cidadão ou por meio do link: https://www.facebook.com/portaldiariocidadao/videos/1461578281873638
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